quinta-feira, 31 de maio de 2007



2 luas cheias em maio:

O raro fenômeno da chamada ‘‘lua azul’’, ocasião em que a lua cheia coincide aparecer duas vezes no mesmo mês, vai mais uma vez brilhar no céu após três anos do último acontecimento. Nesta quinta-feira,31/05, ápice do evento, astrônomos vão se reunir no campo de futebol do Centro Federal de Ensino Tecnológico (Cefet), a partir das 18h, para observar a lua e tirar as dúvidas do público sobre fenômenos astronômicos.

Apesar do nome, o fenômeno da lua azul não tem qualquer relação com mudanças na cor do satélite. O apelido foi dado em função da raridade com que o ciclo lunar, cuja duração é de 29 dias e meio, ocorre por completo dentro de um único mês, possibilitando a aparição de dois períodos de lua cheia. Neste mês de maio, o primeiro ciclo da lua cheia pôde ser observado no dia 02. O fenômeno volta a ocorrer esta semana, com ápice às 22h da quinta-feira.

O astrônomo Gustavo Fontoura conta que a origem do apelido lua azul remonta do século 16, quando algumas pessoas que observavam a lua a olho nú achavam que ela era azul. Anos depois, explica, discussões a respeito mostraram que era um absurdo a lua ser azul, o que gerou um novo conceito para lua azul como significado de ‘‘nunca’’. ‘‘Com esse significado de algo muito raro, começou-se a dizer que a segunda lua cheia de um mês era uma ‘‘lua azul’’, diz.

A aparição da 2ª lua cheia no mesmo mês é mesmo algo raro. A última ocorrência foi registrada em julho de 2004; a próxima - após a de maio - será em dezembro de 2009. O fenômeno nada mais é do que uma lua cheia no céu, mas é uma boa oportunidade para divulgar a astronomia. ‘‘O evento de observação faz parte da nossa reunião mensal, mas serve também para divulgar a atividade ao público geral’’, afirma Fontoura, que é vice-presidente da Associação Norte-Riograndense de Astronomia (ANRA).

O astrônomo diz que serão instalados equipamentos nos campos de futebol do Cefet em Natal e Mossoró. ‘‘Como o ciclo da lua cheia dura entre três e quatro dias, vamos fazer a divulgação nas duas cidades’’, completa, informando que em Mossoró o evento será realizado amanhã, a partir das 18h, também do campo de futebol do Cefet. ‘‘Vamos disponibilizar os equipamentos para quem quiser ver a lua ampliada e tirar dúvidas do público.’’

VULCÃO

Apesar de o fenômeno não ter relação com a coloração do satélite, Gustavo Fontoura conta que há registros na história de que a lua realmente aparentava a cor azul. Foi em 1883, quando houve uma explosão do vulcão Krakatoa, na Indonésia, e os gases em expansão na atmosfera fizeram com que a lua bem próxima do horizonte tivesse a aparência azulada. ‘‘Isso foi visto no mundo todo por quase um ano’’, disse o astrônomo. Outro episódio ocorreu em 1951, quando um grande incêndio nas florestas do Oeste do Canadá lançou muitas partículas na atmosfera, criando o mesmo efeito que o Kracatoa, mas visível apenas na América do Norte.

quarta-feira, 30 de maio de 2007

Vida de celebridade espera por miss no Brasil


A mineira Natália Guimarães chega na manhã desta quinta-feira (31) ao Brasil. Assim que desembarcar no Aeroporto Internacional de Guarulhos, em São Paulo, proveniente do México, a morena de 22 anos vai poder sentir o efeito do sucesso obtido com sua participação no concurso Miss Universo 2007, no qual ficou em segundo lugar, ficando atrás apenas da japonesa Riyo Mori entre 77 candidatas.

Natália está com a agenda lotada. Já tem marcada uma série de entrevistas e participações em programas de tevê. Também terá sessões de fotos para ser capa de revistas femininas e daquelas que trata do mundo dos famosos. A moça de Juiz de Fora, criada em Belo Horizonte, agora é uma celebridade mundial.

Até a hora do embarque de volta ao Brasil, na tarde desta quarta-feira, o telefone do quarto onde Natália ficou hospedada não parou de tocar. "Ela deu já deu entrevistas para jornais do México, revistas e sites do Brasil, isso aqui está uma loucura, mas ela está adorando", contou a prima Roberta, que acompanhou a Miss em sua estadia no México.

Natália ainda estuda a melhor maneira de aproveitar a fama. "Tenho que curtir este momento maravilhoso pelo qual estou passando", afirmou Natália. "Sei que é uma fase curta, e vou aproveitá-la da melhor maneira possível."

Desfilar e posar para fotos é a paixão de Natália. Trabalhar como atriz? A Miss Brasil não descarta. Natália já tentou a carreira na televisão. Fez curso de teatro em Belo Horizonte e, aos 16 anos, foi chamada para fazer figuração na minissérie "Os Maias".

A modelo também teve uma rápida participação em "Malhação". Os tempos de figuração já eram. Natália se prepara para ser protagonista. É o que garante a mãe. "Ela agora é uma rainha. Sem a coroa."

Amazônia emite 23% do metano mundial


Gás é o segundo mais influente no aquecimento global.
Cientistas não sabem de onde vem toda essa emissão.


A Floresta Amazônica está emitindo grandes quantidades de metano, o 2º gás mais influente no aquecimento global, + de 20 vezes mais prejudicial que o dióxido de carbono. Sozinha, a Amazônia contribui com cerca de 23% das emissões mundiais anuais do gás. A revelação foi feita nesta semana em um estudo de brasileiros e americanos publicado na revista científica “Geophysical Research Letters”.

O metano é tipicamente expelido em ambientes úmidos e com pouco oxigênio, como os pântanos. Como durante as cheias, 20% da floresta é inundada, seria esperado que os níveis do gás na atmosfera fossem mais altos durante esses períodos. Mas os cientistas descobriram que essas taxas são mais altas do que o esperado tanto em épocas de cheias quanto em épocas de secas.

“Precisamos descobrir de onde todo esse metano está vindo”, afirmou ao G1 a pesquisadora Luciana Vani Gatti, do Instituto de Pesquisas Energéticas e Nucleares (Ipen), que participou do estudo. “Ele pode estar vindo de outras fontes, que ainda não conhecemos, ou as fontes que conhecemos emitem ainda mais gás do que imaginávamos. É preocupante e precisamos investigar”, diz ela.

Entre 2000 e 2006, Gatti e seus colegas do Ipen, em parceria com cientistas do órgão americano que cuida de pesquisas sobre os oceanos e a atmosfera, o Noaa, usaram aviões de pequeno porte para coletar amostras do ar da Amazônia em diferentes altitudes -– partindo de apenas 150 metros do solo para até quatro quilômetros de altura.

Os dados foram comparados com os obtidos por estações de monitoramento global no oceano Atlântico e em Barbados. Descobriu-se que a Floresta Amazônica sozinha emite 35 partes por bilhão (ppb) de metano ao ano na atmosfera. O total das emissões do mundo é de 150 ppb.

O mesmo grupo de cientistas também avaliou as concentrações de dióxido de carbono na floresta e divulgará esses resultados em outro estudo, ainda a ser escrito e divulgado. Luciana Gatti adianta, no entanto, que assim como no caso do metano, os níveis de CO2 são preocupantes ao longo de todo o ano. “A gente costuma achar que só se deve preocupar com as queimadas para evitar a emissão de carbono na floresta, mas não é verdade. Vemos taxas altas mesmo em épocas quando não há queimadas”.

Segundo Luciana Gatti, a pesquisa revela que é preciso prestar mais atenção nessas fontes de gases que causam o aquecimento global. “Não podemos ficar só pensando em CO2. Precisamos de uma reorganização mundial de modos de vida se quisermos combater a mudança climática”, afirma ela.

“Você voa por alguns lugares da Amazônia hoje e vê tudo recortadinho lá embaixo. É uma tristeza. Estamos voando sobre a Amazônia e parece que estamos em cima do estado de São Paulo. Tudo isso, toda essa mudança causa impacto na emissão de gases. Temos que planejar, a coisa não pode ser caótica como tem sido até agora”, critica a cientista.

O estudo divulgado nesta semana faz parte de um projeto internacional coordenado pelo Brasil que visa entender qual é o papel da Amazônia no clima, o Experimento Biosfera-Atmosfera de Larga Escala na Amazônia (LBA, na sigla em inglês).

domingo, 27 de maio de 2007

Formiga tapa buraco de estrada com corpo


Insetos têm atitude 'faça-você-mesmo' na hora de resolver o problema.
Quando o tráfego diminui, elas deixam o buraco e voltam pra casa.


Ao trafegar por uma estrada esburacada você consideraria usar seu próprio corpo para tapar um buraco e ajudar as outras pessoas a chegarem mais rápido? Pois é exatamente isso que as formigas fazem, segundo um estudo britânico divulgado neste final de semana. Quando o assunto é consertar a estrada rapidamente, as formigas levam a expressão ‘faça-você-mesmo’ ao extremo, segundo os cientistas .

Esse comportamento inusitado é observado quando os insetos saem para buscar comida, em grupos de até 200 mil. Para acelerar a entrega do alimento aos filhotes que aguardam no ninho, algumas formigas entram nos buracos do caminho para evitar que as outras percam tempo caindo ou desviando.

Se a decisão de servir de “tapa-buracos vivo” parece estranha, os pesquisadores Scott Powell e Nigel Franks, da Universidade de Bristol, garantem que o comportamento melhora a qualidade da superfície em que as formigas têm que se locomover. A velocidade do grupo aumenta e a quantidade de comida levada ao ninho também.

“Todo mundo que já xingou quando seu veículo atingiu um buraco pode se identificar com esse problema”, diz Franks.

Quando o tráfego diminui, as formigas que estavam com a inglória tarefa saem do buraco e seguem as companheiras.

A descoberta será detalhada na edição de junho da revista científica "Animal Behaviour".