quarta-feira, 8 de abril de 2009

Ovo de Páscoa é um delicioso símbolo de renascimento para os católicos

Uma delícia tentadora, o Ovo de Páscoa chegou até nós advindo de tradições milenares, que estavam fortemente arraigadas nas comunidades primitivas humanas de base agrícola.Os chineses e os persas, assim como os romanos e algumas tribos germânicas, consideravam o ovo um símbolo de vida e do renascimento de cada primavera após a noite invernal, razão pela qual o adotaram como objeto de culto e de veneração. A movimentação dos astros, principalmente o Sol, assim como o ciclo das estações, eram de importância vital para as civilizações antigas baseadas na agricultura, o que explica a presença deste símbolo universal em diversas festividades anuais, especialmente nas ligadas à primavera.
Vários povos, como os chineses, os persas e os gauleses, pintavam ovos de diversas aves com cores vivas para evocar o sol da primavera, que aparece nesta época do ano no hemisfério norte e que, para os antigos, representava um retorno à vida. O ovo como símbolo de renascimento também estava presente nas antigas cerimônias da Pessach, a Páscoa judaica, quando se celebra o momento em que o anjo exterminador passou por sobre as moradias dos judeus escravizados no Egito, cujas portas haviam sido marcadas por ordem de Jeová para que escapassem do castigo divino contra os egípcios. Este rito hebraico foi absorvido pelo cristianismo, religião na qual a tragédia litúrgica da crucificação, morte e ressurreição de Jesus Cristo se entrelaça também com rituais pagãos ligados à fertilidade e à idéia de ressurreição. Em muitos destes ritos arcaicos, aparecia o símbolo milenar do ovo, arquétipo que, desde o alvorecer da humanidade, leva consigo a magia e o mistério do ressurgir periódico da vida. Na Alta Idade Média, os cristãos adotaram o ovo como símbolo para festejar a ressurreição de Jesus Cristo na Páscoa de cada primavera boreal (hemisfério norte), depois dos sacrifícios que os fiéis se impõem durante a Quaresma. Ovos de Páscoa feitos de chocolate, muito semelhantes aos que conhecemos hoje, surgiram inicialmente nos Estados Unidos no final do século 19, e a partir daí se espalharam pelo mundo como um produto industrial, junto com a lenda do "Coelho da Páscoa", segundo a qual um coelho esteve preso com Jesus no Santo Sepulcro, tendo presenciado a sua ressurreição. Ao sair dali, o animal teria sido o mensageiro da boa nova e distribuído, entre os primeiros cristãos, ovos pintados com cores vivas, que representavam a magia do renascimento, do retorno à vida. Embora esta história, provavelmente medieval, não pareça estar ligada à nenhuma tradição cristã, cabe lembrar que o coelho era para os antigos, assim como o ovo, um símbolo de fertilidade e vida.
A partir do século 20, o Ovo de Páscoa adotou definitivamente o chocolate como matéria-prima e rapidamente se tornou um objeto de consumo que movimenta milhões de dólares, mas cuja origem mais remota poucas pessoas conhecem.

terça-feira, 7 de abril de 2009

Selton Mello é Jean Charles nos cinemas

O caso do brasileiro Jean Charles de Menezes, assassinado no metrô de Londres em 2005, ganhará a tela dos cinemas. Selton Mello e Vanessa Giácomo fazem os papéis principais no longa Jean Charles, dirigido por Henrique Goldman, que optou por fazer um filme de ficção baseado em fatos reais.

Segundo Goldman, houve muitas adaptações na história de Jean Charles para que ela se encaixasse bem no roteiro. "É uma obra abertamente de ficção, mas sempre fiel ao espírito do mundo que está retratando, que é o dos brasileiros no exterior. Foi baseado em horas de entrevista, depois de uma imersão total minha e do roteirista Marcelo Starobinas no mundo deles. Mas a ordem dos eventos não é necessariamente a mesma", disse em entrevista ao UOL.

Jean Charles, que conta com participação de Luis Miranda, Daniel Oliveira e Sidney Magal, tem estreia prevista para o dia 26 de junho.

Cão de 85 gramas disputa título de menor do mundo

O jornal inglês "Daily Mail" publicou uma foto curiosa com o cão chamado Tom Thumb dentro de uma xícara de chá. O animal é um terço do tamanho de um porquinho da índia - tem cerca de 10 centímetros de comprimento e pesa 85 gramas- e busca título de menor do mundo.
Segundo o periódico, Tom Thumb nasceu há 3 semanas em uma ninhada da cadela chihuahua chamada Spice. Ele é 3 vezes menor que os demais, de acordo com seus proprietários Susan e Archie Thomson, que moram em West Dunbartonshire (Reino Unido). Thomson aposta que ele não vai crescer mais do que isso.

Fonte: http://www.dailymail.co.uk/news/article-1167704/The-adventures-Tom-Thumb-The-tiny-puppy-set-worlds-smallest-dog.html

segunda-feira, 6 de abril de 2009

Atirador matou pernambucano nos Estados Unidos

Um dos 14 mortos na chacina de Binghamton, no Estado americano de Nova Iorque, é o matemático pernambucano Almir Olímpio Alves, 43 anos. Ele estudava inglês no centro para imigrantes invadido na sexta-feira passada pelo vietnamita Jiverly Wong, 41, autor dos disparos. Professor da unidade da Universidade de Pernambuco (UPE) em Nazaré da Mata, Almir estava nos EUA desde setembro fazendo pós-doutorado na Universidade de Binghamton.
A mulher dele, Márcia Pereira Lins Alves, 36, soube da morte sábado à noite, por volta das 20h30, por telefone. A notícia foi dada por Carlinda, mulher do matemático peruano Pedro Antonio Caetano Ontaneda Porta, que havia sido orientador de Almir no doutorado – concluído em 2003 na Universidade Federal de Pernambuco (UFPE) – e morava nos EUA.
Márcia conta que assistiu na TV à notícia do massacre. Ficou apreensiva por haver ocorrido em Binghamton, mas se tranquilizou ao verificar que era em outro bairro, e não no que Almir morava. “Eu sabia que ele fazia aula de conversação em inglês diariamente, das 9h às 12h, antes de ir para a universidade, mas não tinha conhecimento exatamente de onde era”, revelou.
O casal morava em Carpina com o filho Alan, de 16 anos. Márcia também é professora de matemática e ensina numa escola pública do município, distante 55 quilômetros do Recife, na Zona da Mata Norte. Ontem, no entanto, Alan e a mãe estavam em Bonança, distrito de Moreno, ao Sul do Grande Recife, na casa dos pais dela.
“Meu genro é um exemplo. Assim como eu, ele veio do nada e venceu na vida. Ele pelo estudo e eu como mestre de obra”, disse o comerciante Claudio Lins, sogro de Almir.
Almir é filho de agricultores. Os pais dele, Olímpio Adelino Alves e Maria do Socorro Costa, moravam no Engenho Poço Dantas, em Moreno. “Ele convenceu os pais de deixar o campo e os levou para Carpina. Hoje eles moram numa casa perto da casa do filho”, conta a irmã de Márcia, Mara Pereira Lins.
Almir e Márcia estavam casados havia 17 anos. Ele voltaria para casa em setembro. Márcia conta que o grande sonho do marido era fazer um curso no exterior. “Ele tinha certeza que voltaria. Tinha muitos projetos acadêmicos.”
Na casa dos pais de Márcia o clima era de comoção. Abalada, ela não recebeu os amigos da família que prestavam solidariedade. “Embora tenha ido tão longe no ensino, ele era educado e prestativo com todos”, lembrou o promotor de vendas Jadiel Vicente, 42 anos, vizinho de Claudio Lins, em Bonança.
A última vez que Márcia se comunicou com Almir foi na sexta-feira, quando recebeu um e-mail do marido. “Ele disse que estava tudo bem e me deu orientações para o preenchimento da declaração de imposto de renda”, recordou.
O diretor da UPE em Nazaré, Luiz Alberto Ribeiro Rodrigues, lamentou a morte do professor, a quem descreveu como uma pessoa de jeito simples e humilde, como costumam ser as pessoas do interior. Uma das características mais marcantes de Almir, na opinião de Luiz, é a concentração e dedicação à pesquisa.
“Era muito exigente em sala de aula. Ensinava para valer. Com ele só passava quem sabia.” Para Luiz Alberto, a perda foi não apenas da universidade, mas de toda a comunidade científica. Ele informou que o objeto de estudo de Almir era a matemática pura. “É como a filosofia dos números”, comparou.
O diretor e a viúva se ocuparão, a partir da manhã de hoje, dedicar-se ao traslado do corpo. Segundo notícias enviadas pelas agências de notícia, a prefeitura de Binghamton destinará aos parentes das vítimas US$ 6 mil para o enterro ou traslado do corpo e passagens de avião.
Fontes: JC (Jornal do Commercio) e Folha de PE