quarta-feira, 19 de setembro de 2007

Avó "barriga de aluguel" dará à luz aos netos gêmeos

A agente de saúde Rosinete Palmeira Serrão, de 51 anos, não imaginava ter mais filhos, no entanto aceitou ser "barriga de aluguel" de seus netos gêmeos. A mulher, que mora no Recife, vai dar à luz os bebês da filha, a dona de casa Claudia Michelle Serrão Pereira, de 27 anos, que tem um útero rudimentar e não pode engravidar. Rosinete tem 3 filhos e 1 neto.
Após anos de tratamento e trocas de médicos, Claudia soube que nunca engravidaria e passou um ano em depressão. A solução apontada pelo médico Cláudio Leal Ribeiro, diretor do Centro de Reprodução Humana de Pernambuco, foi a gravidez de substituição, popularmente conhecida como “barriga de aluguel”. “A lei permite que parentes de 1º ou 2º grau se submetam a este tipo de gestação. No caso, como ela não tem irmãs, a opção acabou sendo a mãe”, afirma Ribeiro. A data limite para os partos das crianças é 12 de outubro, mas eles podem nascer a partir da semana que vem, por conta das contrações que Rosinete já começa a sentir.
Claudia contou que foi difícil fazer o pedido à mãe, porque temia ouvir um não como resposta. “Nos reunimos eu, meu marido, minha mãe e meu pai, e ela aceitou na hora”, diz. Os óvulos de Cláudia foram recolhidos para fecundação in vitro com os espermatozóides de seu marido. 4 embriões foram selecionados e introduzidos no útero da avó. Rosinete diz que não existe o risco de a “barriga de aluguel” causar disputas no futuro. "Desde o começo soube que seria a avó. Vou amá-los como netos, porque eles são os filhos da minha filha”, afirma.
Pré-natal
Segundo Ribeiro, o pré-natal foi bastante rigoroso. “Embora Rosinete tenha boas condições de saúde, por ter mais de 50 anos, a gravidez é de risco. Existia a possibilidade de ter hipertensão ou diabetes, por isso o acompanhamento foi minucioso”, diz.
Segundo o médico, a cesariana foi escolhida como forma de parto, por garantir maior segurança. Claudia vai com a mãe em todas as consultas. “É meu sonho ser mãe. Eu e meu marido curtimos todas as etapas”, diz Claudia. Os nomes dos bebês já foram escolhidos: Antônio Bento e Vítor Gabriel.

4 comentários:

Anônimo disse...

Que história linda, Andréa! É uma situação bem delicada, mas se as duas realmente se entregam de peito aberto a idéia, eu só vejo vantagens pras duas. Adorei!

Andréa Brelaz disse...

É uma emocionante história de amor, muito tocante e comovente, principalmente para nós, mulheres, mães ou futuras mamães.

Fiquei muito feliz da sua visita e comentário!!!

Leio e adoro seus artigos ;-)

beijos :-)

Anônimo disse...

"Tener hijos no lo convierte a uno en padre, del mismo modo en que tener un piano no lo vuelve pianista." LEVINE, Michael

Andréa Brelaz disse...

Oi! Sil!

Grata pelo pensamento desse jornalista e espec. em ed. infantil/saúde.