
“Pintora aos 4 anos”, documentário de Amir Bar-Lev que está sendo exibido na 31ª Mostra Internacional de Cinema de São Paulo, conta a história da menina que virou manchete nos principais jornais e canais de televisão dos Estados Unidos em 2004 depois que suas pinturas foram descobertas por um galerista americano e descritas não apenas por ele mas por muitos especialistas e críticos de arte como obras de “um verdadeiro gênio” das artes.

Com a mesma velocidade com que se tornou queridinha no mundo das artes, a reputação de Marla despencou no momento em que a reportagem do “60 Minutes” colocou em questão a autenticidade de suas pinturas. Os produtores do programa acreditaram ter reunido evidências para supor que o pai da menina, Mark, seria o verdadeiro responsável pela “genialidade” da garota – por genialidade entenda-se o fato de ela pintar como uma artista abstrata adulta. Uma câmera escondida instalada no porão da residência dos Olmstead mostrou o que parecia ser Mark “dirigindo” o processo de criação de Marla.
E é nesse momento que, com a mesma transparência com que antes demonstrava empolgação com a história de Marla, o diretor do documentário passa a revelar suas próprias dúvidas sobre a autenticidade. Ao longo de mais de um ano de filmagens, Bar-Lev não conseguiu registrar a realização sequer de um quadro do começo ao fim. Ao contrário, em todas as vezes em que tentou, o resultado foram pinturas infantis que não passavam do que se esperaria de alguém como Marla, ou seja, de uma menina de 4 ou 5 anos. Seria ela apenas uma marionete das pretensões artísticas de seus pais? Teriam seus compradores sido enganados por um galerista oportunista e marketeiro? E quanto ao documentarista: não estaria ele sendo usado pela família como mais uma forma de dar legitimidade e credibilidade à história de Marla? Como a sempre recorrente pergunta sobre o que é ou não arte, “Pintora aos 4 anos” não oferece respostas prontas. Não por falta de empenho de seu diretor, dos pais da menina ou mesmo de seus críticos em tentar provar o seu ponto.
É que, como diz um crítico do jornal “The New York Times” entrevistado no filme, a única verdade que existe é aquela que se deseja contar. Se as pinturas de Marla – ou pelo menos creditadas a ela – um dia vão valer US$ 20 milhões ou se estarão destinadas a enfeitar a geladeira dos Olmstead daqui para frente, só o tempo e os próprios compradores serão capazes de dizer.
5 comentários:
Olha que loucura!
Será que é coisa dos pais mesmo?
Oie andréa achei esse site talvez te interesse ;] bjs
http://www.lucrerh.com.br/vagas.asp
Eu me lembro muito bem dessa menina, e eu e o meu marido assistimos ao especial a respeito dela feito por 60minutes em 2004. Realmente, eu lembro que mostra ela ate meio cansadinha, sem querer muito pintar, e o pai meio que forcando a barra. Ainda assim, eu sei que o meu filho mesmo nao conseguiria pintar nada parecido, entao acho que a menina tem uma certa dose de talento. Dai aos quadros dela valerem tudo isso, sao outros quinhentos. Se bem que esse quadro ai da foto eh bastante interessante.
Oi! Cátia e Laurinha :-)
Será? :-o Sei não! :-o
Com tantos rumores por aí, vai saber qual é a verdadeira história!
Mas independente de quem foi o(a)pintor(a)/autor(a) das obras, achei os quadros muito bonitos, adoro pinturas abstratas! ;-)
Oi! Sil :-)
Obrigada pela dica ;-), tá?
Conheço esse site, sim.
E já estou vendo as vagas que tem nele.
Bjs :-)
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